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Eventos meteorológicos no setor fotovoltaico

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Na geração distribuída de energia solar, os eventos meteorológicos estão entre os principais fatores de risco para a estabilidade operacional das usinas fotovoltaicas. Ventos fortes, tempestades elétricas, chuvas intensas e granizo podem afetar diretamente estruturas, equipamentos e a continuidade da geração. Por isso, entender esses fenômenos e antecipar seus impactos é essencial para proteger a operação.


A mitigação desses riscos começa ainda na fase de planejamento. Adotamos práticas que incluem a avaliação do comportamento climático regional, análise de históricos de ventos e chuvas, identificação de padrões de tempestades e estudo da relação entre solo, topografia e escoamento natural da água. Essas informações são consolidadas em estudos geológicos e geotécnicos que permitem compreender a capacidade de suporte do terreno, sua permeabilidade, compactação e vulnerabilidade a erosões ou alagamentos. A partir disso, definem-se diretrizes técnicas como profundidade das estacas, reforços estruturais, ajustes de declividade e critérios de aprovação de áreas.


O dimensionamento da drenagem ainda no projeto é decisivo para mitigar o impacto dos eventos meteorológicos. Considerando o histórico pluviométrico e a topografia, são desenvolvidas soluções que conduzem a água de forma segura, evitam acúmulos entre fileiras de trackers e reduzem processos erosivos. Durante a obra, é comum aplicar medidas adicionais como curvas de nível, canaletas provisórias, taludes estabilizados e manejo adequado do solo. Em regiões com ventos persistentes, barreiras corta-vento e soluções vegetais podem ser utilizadas para reduzir desgaste das estruturas e dispersão de poeira. O grande desafio é aplicar essas medidas, sem que incorra no sombreamento nos módulos fotovoltaicos, o que reduz a eficiência da geração de energia.


Na operação, o clima segue sendo um ponto de atenção. Vendavais podem superar esforços estruturais projetados, enxurradas podem comprometer áreas não pavimentadas, granizo pode danificar módulos e descargas atmosféricas exigem sistemas de proteção eficientes. Para lidar com isso, utilizamos monitoramento meteorológico, sistemas de alerta e acompanhamento remoto que permitem respostas rápidas em situações extremas.


As rotinas de manutenção incluem inspeções estruturais, verificação e limpeza dos canais da drenagem, checagem de fixações, avaliação de módulos e análise dos sistemas elétricos, práticas que contribuem para reduzir os efeitos acumulados das condições climáticas ao longo do tempo. A estabilidade e eficiência de uma usina nasce da combinação entre planejamento criterioso, engenharia e monitoramento contínuo.


 
 
 

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